segunda-feira, 31 de agosto de 2009

2007

Entre o Ali e o Acolá
O Objecto Insensato
As Ordens (dos) Menores
As Ordens (dos) Maiores
Os Corpos Desatados
As Ordens do Silêncio
Foto-montagens, suporte electrónico




sexta-feira, 28 de agosto de 2009

2006


Óleo sobre tela
200x80
200x80
200x80 A varanda
Óleo sobre tela
146x114 cm


Alhures
Óleo sobre tela
146x114cm

terça-feira, 25 de agosto de 2009

2005

O Senhor
Óleo sobre tela
77 x58cm
A Senhora
Óleo sobre tela
77 x 58cm
2005

domingo, 23 de agosto de 2009

2004

O XAILE
Óleo sobre tela
100 x 80cm

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

2002

Ainda
Óleo sobre tela
92 x 73 cm
2002
Violeta de Maio
Óleo sobre tela
92 x 73 cm
2002



Reflexão
Óleo sobre tela
150 x 100 cm
2002
Amanhecer de quinta-feira
Óleo sobre tela
150 x 120 cm
2002

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

ANOS 90



Eu Penso
Pastel sobre papel
90 x 85 cm
1992
Ele Olha
Pastel sobre papel
90 x 75 cm
1992

Um
Lápis sobre papel
100 x 71 cm
2002
É ele
Lápis sobre papel
100x71 cm
2002

As Três Virtudes
Lápis sobre papel
93 x 57 cm
93 x 47 cm
93 x 57 cm
1993


Figura com Risco Verde
Óleo sobre tela
100 x 80 cm
1996
As Meias Roxas
Pastel sobre papel
100 x 80 cm
1994
O Mar ao Fundo
Pastel sobre papel
100 x 90 cm
1996




segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Anos 80

O Horizonte Apagado
Lápis sobre papel
1985

A Teia
Lápis sobre papel
48x36cm
1988
Gesto
Lápis sobre papel
48x36cm
1988
O Leque
Lápis sobre papel
35x30cm
1987
Poisada e Protegida
Lápis sobre papel
80x35cm
1985

A Dança Nupcial
Lápis sobre papel
48x36cm
1982


A estela
Lápis sobre papel
80x70cm
1983


Poisado
Lápis sobre papel
58x60cm
1983


Vinhetas para a Associação de Moradores do Bairro da Independência, 1976
Cartaz, Água, gaste o Necessário (projecto)1983
Vinheta. Encontro Comemorativo dos Três Ramos das Forças Armadas, 1983
Diploma de participação das crianças nas comemorações do 25 de Abril. A25A, 1984
Cartaz. Cursos de Comunicação Visual, Biblioteca Operária Oeirense

domingo, 9 de agosto de 2009

Os Anos 70


A Amiba Pesquisadora
Motor eléctrico e meios mecânicos de transmissão de movimento.
Cobertura em tecido extensível. Envergaduram 120
1973

O Vale dos Ovos
Alto relevo, objectos diversos sobre cartão prensado e gesso projectado
100x100cm
1971




Modelo Vivo
Figuras de dimensões diversas sobre rolos de papel
1970

Os Anos 60

O passo na Lua
Óleo sobre tela
85x60cm
1970

Entardecer
Óleo sobre tela
55x65cm
1969


Sem Título
Lápis sobre papel
29,7x21cm
1968



Sem Título
Carvão sobre papel
24x18cm
1962

O João
Carvão sobre papel
80x60cm
1965

O Modelo
Carvão sobre papel
100x80cm
1965



O Machado
Pastel sobre papel
77x58cm
1964


O Machado, o cão e o António
Carvão sobre papel
57x72cm
1964

sábado, 8 de agosto de 2009

Os Anos 50

Sem título
Aguarela sobre papel
50x38cm
1959

Uma Casa na Mourela
Lápis sobre papel
15,5 x 23
1959

2009 - Montijo

A ruptura do improvável : elogio do inexistente na representação concretizada. É a ruptura do improvável. É a introdução de elementos de concepção abstracta numa representação figurativa, criando áreas de fractura e procurando outras dimensões na pintura objectiva.

2007 - 2008 - Montijo

A Paisagem do Ninguém. Entre o ali e o acolá é sítio de ninguém. É o vaguear da pesquisa temática, formal e de processos. Formalmente diferenciada de bloco para bloco, a organização da página estrutura-se em função do tema e mostra sempre o instrumento utilizado na sua feitura: uma máquina fotográfica.

2004 - 2006 - Montijo

Os uns e os outros. É com toda a certeza o fascínio do desconhecido, de todos quantos se ocultam para melhor se afirmarem. É o quotidiano feito excepção.É um longo percurso amarrado à forma humana, amarrado a alguns e outros, buscando dizer o que são, sem nunca dizer quem são.

Os Anos 90

A complexa história da deformação dos corpos. É o retorno ao antropomorfismo explícito. As figuras surgem como que esvaziadas, guardando somente a presença do ausente. É a alteração do invólucro quando o conteúdo é ausente e a relação é dúbia entre o que se vê e o que é sugerido.

1975 -1989 - Lisboa

Os gestos da terra no processamento do imaginário. A existência do gesto que foi, agora petrificado e tornado coisa e declamando uma poética de enaltecimento da estranheza,mas intimista pelo seu modo de expressão e escala gráfica, exigindo proximidade no ver dos meandros que o entrecruzado dos riscos estabelece.

1969 - 1974 - Paris

Do fascínio do movimento e da estranheza dos resultados. Dá-se toda a atenção ao desenho e muito especialmente ao modelo vivo estabelecido em fracções de segundo, inrepetível e arriscado. E parte-se para o tridimensional explorando a associação de objectos, uniformizados na ausência de cor. Prossegue-se por áreas do cinetismo utilizando motores e sistemas mecânicos para obter movimentos aparentemente imprevistos e imprevisíveis, aleatórios

1966 - 1969 - Paris

Época de todas as pesquisas, formal e tecnicamente, indo de um rigor de representação até à procura da expressividade da pintura à espátula, indo da figuração objectiva ao abstraccionismo assumido

1962 - 1965 - Braga

Da exactidão da representação à procura da expressividade. O Mestre Alberto Campos ensinava a pintar lindos ramos de flores, porque assim lho pediam. Mas pelo “atelier” também passavam modelos ataviados nos seus fatos domingueiros. O António e o Machado eram presenças assíduas

1956 - 1961 - Montalegre

Os anos do aprender. Das poucas fotos e trabalhos que chegaram até hoje, salienta-se um caminho de auto aprendizagem: retratos de um acentuado "romantismo" e muitos trabalhos a partir da envolvente natural.

APRECIAÇÕES

Como tu dizes bem: o sem discurso/o em silêncio/o sem sentido. Quando das minhas "obras" me perguntam o que quiz dizer ou fazer (?), respondo: isto!A percepção dum processo criativo não é mais que a relação entre o talento-eventual, não do artista, mas antes daquele que aí centra a sua atenção. E o que é interessante é a impressão, a história que conta aquele que vê. A obra não é senão um "catalizador": paisagem do ninguém.

Jean-Philipe Delacour


Dono de um rigor técnico a toda a prova, observa pessoas anónimas em muitas situações e retrata as suas ausências.

João Paulo Sacadura


Nestas figuras misteriosas a cor reforça o lado clássico da pintura e uma vez mais se cumpre o objectivo de chegar ao lado humano e humanista de cada um.

Filipa Faria


Um jogo de insinuações resolvido através de meios técnicos duma extrema riqueza em que a matéria do ausente se dá pela representação do não percepcionado.

Álvaro Lobato de Faria


Figuras que combinam o miticismo e o erótico por movimentos sugeridos.

Maria José Afonso


..."aqueles que se ocultam para melhor se afirmarem" e não será essa a maneira de ser transmontano?

António Chaves


... o artista montalegrense não transige na austeridade e forçadas suas criações telúricas.

Manuela de Azevedo

PORFÍRIO PIRES




1973 - Licenciatura - Certificat d'Etudes Superieures en Architecture d'Interieur et Produit de l'Environement, (CESAIP), Paris.1967/1968 - Segue cursos de desenho e pintura no Atelier Andre Michel, Paris.1964/1965 - Segue cursos de desenho e pintura no Convívio Sá de Miranda, Braga.1957/1958 - Segue cursos de desenho por correspondência, Montalegre.Ensino1993/2000 - Encarregue das Cadeiras de Projecto e de Desenho na Fundação Ricardo Espírito Santos Silva1991 - Comunicação Visual no Centro Cultural de Almada, Almada1980 - Comunicação Visual na Biblioteca Operária Oeirense, Oeiras1972/1975 - Encarregue das cadeiras de Desenho de Observação, Expressão Gráfica e Perspectiva no Atelier Andre Michel, Paris.Colaboração regular em publicações periódicas1986/1990 - Crítica de Arte no "Diário de Lisboa" e entrevistas aos pintores Hogan, Rogério Ribeiro, David d'Almeida, Pedro Calapez, Tereza Magalhães.1987/1990 - Noticiário sobre arte no "Fim de Semana" e entrevista a Gil Teixeira Lopes.

PAISAGEM QUEBRADA

Óleo sobre tela
90 X 70cm
2009

Uma vez, à noite, a paisagem partiu.
Era no vale coberto por sombras, cores intensas, formas definidas, intensidades flagrantes.
Estalou primeiro e depois foi-se fracturando mais e mais.
O que havia antes perdeu sentido e o vale apresenta-se ufano e conta com firmeza a história
do seu estar assim: quebrado e afirmativamente sereno.
Do antes guarda a nitidez das cores.
Do agora mostra as fracturas que o definem.

O ORNATO

A nascente
óleo sobre tela
30x40cm
2008

Sem horizonte
óleo sobre tela
30x40cm

2008


O ornato deslocado
óleo sobre tela
30x40cm
2008

Seria como se fosse a história de um ornato deslocado num sítio sem saber muito bem onde se colocar, se junto à nascente, se no não-horizonte ou se fica onde está, ali onde não pertence,
ao pé do lírio vermelho que há muito deixou de ser flor.
É que isto de ornatos nunca se pode dizer se ficam bem ou não; se estão no sítio certo ou se ficavam melhor algures.
Pensando bem, a história de um ornato não tem grande importância.
Mas porque ele é, deixe-se a sua presença então.

PORTA PARA A ESCADA

aguarela sobre tela
80x100cm
2009

É a porta para a escada que não sobe, ela a porta que não abre.
O que estava à volta e o que estava além, interpenetraram-se e a escada e a porta são agora tão somente presenças diluídas na paisagem indefinida.
As sombras vêm do fundo, mas as cores também.
A perspectiva dilui-se nas formas que se interpenetram e as cores complementares compõem sinais de equilíbrio e os brancos estruturam a paisagem com uma porta e uma escada.

O AQUEDUTO FALHADO

Óleo sobre tela
90 X 70cm
2009
O aqueduto não conduz a água e a torrente passa por baixo indiferente e muito senhora do seu percurso de sempre.
O aqueduto, vindo de nenhum lado e indo para lado nenhum, nem sequer ponte pode ser. Altaneiro, agigantado, mostra-se inútil, mas está lá, presente, impositivo.
Monumento de homenagem a si mesmo, não faz sentido, a não ser como recordação do aqueduto
falhado.

O RIO DE CIMA

Óleo sobre tela
100 x 80cm
2009
O rio fechou a cidade na tentativa da simetria.
O cimo e o baixo são a mesma coisa na cidade dos homens e o rio, naturalmente em baixo procura arremedo de espelho bem lá no cima.
É organizada a cidade dos homens.
Tem verticais, muitas verticais para dizer que sobe e que há-de chegar ao rio lá em cima, quase à maneira da sinfonia que percorre os espaços fluida em todos os
interstícios. A cidade dos homens é assim.

A BIBLIOTECA

Óleo sobre tela
80 X 100cm
2009


O livro sobre a mesa não se pode ler, não está escrito.
Os objectos não têm sombras próprias nem projectadas.
O candeeiro ilumina as superfícies afastadas.
A figuração quebra-se nas perspectivas múltiplas.
Os planos de fundo, ortogonais, permanecem indiferentes.
A biblioteca não está desarrumada, mas só mostrando o seu uso diferido acumulado num mesmo tempo.
A biblioteca guarda a memória de si mesma.

AS PORTAS DO ARMÁRIO



Óleo sobre tela
80 X 100
2009

De noite as portas do armário dão para a cidade. Acontece!
Para a cidade teimosamente iluminada em cada uma das janelas, obsessivamente iluminadas.
Do rio parado sobe a névoa esverdeada dos limos e tinge os céus e a cidade.
Pois é: de noite as portas do muito antigo armário dão para a cidade, posta lá ao fundo enquanto cenário necessário a tudo que as portas dum velho armário permitem entrever na noite que desejamos.

O IMPROVÁVEL

O improvável é frágil quando acontece. Tem de se ter
cuidado e fazer atenção. De acordo assim se fará! Terse-
á o maior cuidado! Cuidar-se-á dele com extremoso
carinho. E se, olhando atentamente, a realidade desliza e
acontece a A Ruptura do Improvável, patenteando
o inexistente, então que ela sirva para dele se fazer o
maior elogio na figuração que se concretiza! É esta a
finalidade expressa: elogiar o inexistente no quotidiano
das coisas, admitindo que fracturas podem tudo remeter
para uma formalização abstractizante. É ténue o limiar
entre a realidade e a abstracção ou melhor dizendo:
ambos são referentes de um mesmo contínuo. Então,
para além das referências de enquadramento histórico,
quadro conceptual, de modos de fazer, que caiba aqui o
elogio do improvável.
Porfírio Alves Pires
2009